Funcionários de empresa do agro são alvos de operação por suspeita de desviar mais de R$ 1 milhão em grãos em MT
A investigação apura crimes de furto qualificado, associação criminosa, extorsão e falsidade ideológica Polícia Civil de Mato Grosso Um classificador de ...

A investigação apura crimes de furto qualificado, associação criminosa, extorsão e falsidade ideológica Polícia Civil de Mato Grosso Um classificador de grãos e um balanceiro — profissional responsável por realizar a pesagem de cargas de grãos — foram alvos da Operação Safra Oculta, da Polícia Civil, por suspeita de envolvimento no desvio de mais de R$ 1,1 milhão em carga de grãos de soja de uma fazenda em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá. A ação foi cumprida nesta terça-feira (19) e resultou no cumprimento de seis mandados, entre eles dois mandados de busca e apreensão contra os alvos. As ordens judiciais foram cumpridas em Barra do Garças e Guarantã do Norte, a 516 km e 721 km de Cuiabá, respectivamente. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Segundo a polícia, o classificador recebia R$ 5 mil por cada carga desviada, enquanto o balanceiro recebia R$ 15 mil. Em seguida, a carga era levada por um motorista que também fazia parte do esquema. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o balanceiro é ex-funcionário da empresa vítima do crime. A investigação apontou que ele, junto ao classificador, desviaram mais de 700 toneladas de grãos. A investigação é conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e apura crimes de furto qualificado, associação criminosa, extorsão e falsidade ideológica. Entenda o caso Segundo as investigações, para concluir o crime, os investigados usaram documentos falsos Polícia Civil de Mato Grosso A polícia informou que o crime ocorreu entre os dias 2 a 9 de maio, quando os suspeitos desviaram 14 cargas de grãos de soja. Na época a carga seria enviada a uma empresa de alimentos. Segundo as investigações, para concluir o crime, os investigados usaram documentos falsos, manipularam placas de caminhões e não emitiram nota fiscal. Além dos alvos, a Polícia Civil confirmou que há indícios de que funcionários ligados ao processo de carregamento das carretas, assim como motoristas e intermediários, participaram do desvio e ajudaram a coagir trabalhadores para que o crime fosse praticado. Segundo o delegado da GCCO, Mário Roberto de Souza Santiago Júnior, os mandados cumpridos na operação devem auxiliar a descobrir o modo de atuação dos criminosos e reforçam as provas já colhidas no inquérito policial.