MP dá 5 dias para Usina de Colíder apresentar plano após falhas em barragem no Rio Teles Pires
Trecho afetado pela baixa do nível de água MPMT O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) deu o prazo de cinco dias, a partir desta terça-feira (19), para...

Trecho afetado pela baixa do nível de água MPMT O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) deu o prazo de cinco dias, a partir desta terça-feira (19), para que a Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada no Rio Teles Pires, apresente o Plano de Ação Emergencial (PAE), o Plano de Segurança da Barragem, os relatórios de segurança e os estudos ambientais elaborados nos últimos cinco anos. A medida foi tomada após moradores de Itaúba, a 599 km de Cuiabá, denunciarem a morte de peixes e dificuldades de navegação no rio. Já em Paranatinga e em Alta Floresta, festivais chegaram a ser cancelados devido ao rebaixando no nível da água. Os problemas teriam começado após a Eletrobras realizar um procedimento emergencial de segurança na usina. Em nota, a Eletrobras informou que levou a questão ao acompanhamento do Ministério Público, "reforçando a transparência da empresa quanto a seus procedimentos de segurança e cuidado socioambiental". Segundo a empresa, todos os documentos solicitados estão sendo encaminhados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Região da barragem Reprodução google maps Segundo a empresa, o nível de segurança da estrutura foi elevado para o status de "Alerta", depois que quatro dos 70 drenos da barragem apresentaram falhas na vazão. Em resposta, a Eletrobras realizou no último dia 13, a redução preventiva do nível do reservatório e acionou o plano emergencial previsto. Diante da gravidade da situação e dos potenciais riscos à vida humana e ao meio ambiente, o MPMT requisitou relatórios técnicos atualizados sobre os problemas identificados nos drenos, as ações emergenciais já adotadas e os documentos relacionados aos impactos ambientais. Além da Eletrobras, o Ministério Público também solicitou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), à Defesa Civil Estadual e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Esses órgãos devem apresentar mapeamentos de áreas e comunidades em risco, medidas de proteção em curso, dados sobre impactos ambientais verificados e ações de mitigação. À Eletrobras, o MPMT ainda determinou o envio de relatórios diários sobre o monitoramento da barragem e do reservatório, além de pareceres técnicos de especialistas independentes. A apuração está sendo conduzida pelas Promotorias de Justiça de Colíder, Nova Canaã do Norte, Cláudia e Itaúba, que acompanham de perto as condições de segurança da usina. O prefeito de Colíder, Rodrigo Luiz Benassi (PRD), afirmou que não há risco de rompimento da barragem e a redução do nível do rio segue os protocolos de segurança da usina e a empresa irá trazer profissionais de fora para analisar o local. A declaração foi dada nesta quarta-feira (20), durante entrevista na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). “Essa medida é para conter qualquer tipo de risco. Equipes de especialistas da Suíça, Alemanha e Portugal já estão sendo contratadas para virem até Colíder e realizarem estudos para a correção dos drenos”, afirmou o prefeito. Benassi também destacou que essa ação é inédita no país. “Isso é histórico no Brasil. Nunca aconteceu de ter que baixar o nível de um lago”, disse. Segundo o prefeito, estiveram no município os principais dirigentes da Eletrobras, incluindo o presidente da companhia. rio seca após usina hidrelétrica reduzir nível de reservatório